domingo, 21 de setembro de 2008

Cuide para que ele não fuja.

Tempo que foge!
Ricardo Gondim

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

 

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

 

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

 

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

 

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

 

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

 

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

 

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

 

Soli Deo Gloria

sábado, 6 de setembro de 2008

Novo blog, Novos motivos...

Bom, eu criei esse blog por que muitos dos meus pensamentos, não ficariam
muito bem em forma de poesia, pelo menos na minha, então, resolvi criar este
pra postar aquilo que eu achar interessante e dar minha opinião.

então, vou explicar o link do blog, Ex vi libertatis quer dizer
em razão da liberdade, em latim.
acho que liberdade é uma coisa rara hoje em dia,
e os loucos que tentam alcançá-la, são
fortemente oprimidos pelos "sábios"...

pausa ai, esqueci de dizer que o blog não é só sobre "vida"
também vou tratar de religião aqui, algo que está bem relacionado comigo...

mas, esses "sábios", foram criados por outros "sábios", fazendo assim, um
ciclo vicioso, que cabe aos "loucos" quebrá-lo...
hora de botar os pingos nos i's...

os sábios são os tradicionais, aqueles que muitas vezes, (por que não todas?), são bitolados, não tem opinião própria, apenas engolem o que lhes é dito, criando assim, heresias e mitos
que ficam cada vez mais fortes, e os loucos somos nós, aqueles que tentam buscar a verdade,
custe o que custar, aqueles que trilham caminhos que muitos não teriam coragem de trilhar,
por isso, deixo aqui um grande abraço para todos que me incentivam e me fazem
crescer, pessoal e espiritualmente cada dia, e espero que esse blog possa
ser um meio de ajudar no crescimento de muitas pessoas...
desde já, obrigado.