sábado, 26 de dezembro de 2009

Migalhas Complexistas.

A idéia de que somos todos diferentes pode levar a grandes ilusões, nossos julgamentos(o que fazemos quase todo o tempo) podem nos levar a grandes ilusões, estamos a todo momento suscetíveis a sermos iludidos, mesmo naquele “oi” sem compromisso dado no meio da rua, vemos nossas projeções, nossos preconceitos, poucos são os que conseguem ver a realidade. Muitos existem, pouquíssimos vivem.

São tantas as complicações inventadas mas ínfimas as complicações verdadeiras, julgando-se tão complicados e diferentes, quando na verdade, não passam de sonhos. Criam complicações para se sentirem vivos, bodes expiatórios , complicações tolas, meras crianças brincando de fingir, quão complicado deve ser pensar? Quão complicado será ter idéias dominadas por ignorância? Não sei como agüentam, coitados seres sofredores, com mentes tão... simplesmente complicadas. Afogados na complicação da idéia de serem tão complicados que não podem ser entendidos por ninguém, protegendo a melhor desculpa de todas, aquela em que se vale de ilusões, nojenta auto-preservação, fazendo crianças pensarem ser complicadas, “não, não adianta, eu sou muito complicado(a), você nunca irá me entender”.

Tão sugados por essa ilusão, são capazes até de dizer que ninguém é capaz de mudar suas idéias, tão cheios de si, a razão já não os serve, acomodaram-se no reino da ilusória complicação, queria entender o que há de complicado em apenas existir, complicado mesmo deve ser viver, ou talvez não mudar de opinião nunca seja complicado? Não me parece muito lógico, mas, quem sou eu, senão apenas mais um daqueles simples demais para tanta complicação?

Pensem e ajam, pensar e agir e não agir é tão inválido como agir sem pensar, complicação está longe disso, não julguem-se complicados, não deixem os seus fardos mais pesados do que eles já são, complicação não é nada disso, não é se achar complicado, não é achar que ninguém irá te entender, isso se chama infantilidade.

Não projetem seus preconceitos estúpidos nas pessoas, não condenem para não serem condenados, não arrisquem na idéia de serem iguais aos que vivem, já basta de tolos enganos, já basta de tanta soberba e ignorância, parem de se iludir, não há complicação na nossa mente, nós a temos para desfazer as complicações da vida, isto que ousam chamar de complicação, nada mais é do que uma brincadeira.

Tudo será complicação, enquanto não se der ouvidos a razão.

Por Joás Bezerra.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Palavras, nada mais que palavras.

Tem algumas coisa que eu nunca entendi e acho que nunca vou entender, ou então eu já entendi, mas só que do meu jeito...

Essa coisa de amizade, as pessoas querem mesmo ter amigos?
Elas querem mesmo é ter alguém que esteja lá pra corrigir e apoiar ou só pra apoiar?
Elas querem um monte de gente ao redor pra rir das piadas, das brincadeiras e dos trocadilhos e só? Alguém pra dizer "vai lá, isso mesmo", "pega esse, pega aquela", "bebe isso, bebe aquilo"?
O que é ser amigo? É ter que dizer tudo? É ter que dizer que vai deixar de estudar em tal lugar? Se eu estudar 3 anos com uma pessoa e deixar de estudar com ela, eu não serei mais amigo? O que vale mais? A convivência ou a ligação existente?

Alguém pode me explicar essa coisa de prioridades?
Vale mesmo a pena fazer algo que não te dar prazer, se desgastar todo dia, pensando que isso poderá dar dinheiro, ah, outra coisa... o dinheiro é tão importante assim?
Eu tenho mesmo que saber da vida de todo mundo? Tenho que me preocupar com o que pensam de mim? Tenho que tentar agradar a todos? Tenho que chorar toda vez que disserem que eu sou assim ou assado? Tenho que rir? Tenho que seguir a vida de tal modo? Ou é melhor do outro? Posso falar palavrão? Não? Por que?

Parecido com as prioridades, eu não consigo entender as finalidades...

O que é que as pessoas querem quando criticam as outras apenas por criticar?
Qual a finalidade de fofocar? De querer que todo mundo seja como você? De viver amargurado? De viver, de viver sem rir? Por que as pessoas tem a necessidade de tentarem ser superiores as outras? Será mesmo que vale a pena tentar discutir com alguém racionalmente? Por que as pessoas que dizem prezar tanto pela razão, esquecem dela quando tem que negar seus conceitos? Será mesmo que é a razão que prevalece?
O que é que se quer? Por que as pessoas não fazem o que tem vontade de fazer? Por que elas não deixam todos esses paradigmas criados apenas para sufocar pra trás e se jogam em seus sonhos?

Quem é que segura tanto essas pessoas?

Um dia me perguntaram o que eu queria fazer da minha vida, por que eu desisti disso e daquilo, como eu queria estar daqui a 5 anos, o que eu ia fazer da minha vida e como sempre, eu que tento aprender alguma coisa até com o cair de uma pétala, comecei a pensar em algo bom pra tirar daquilo, sabe o que eu percebi? Não vale a pena me matar de tentar agradar a eles, as pessoas fazem projeções sobre as outras, querendo que a projeção se torne real, sempre querendo moldar as outras pessoas, como se fosse simples assim... por que eu não posso simplesmente ser feliz agradando as pessoas que eu quero agradar? Fazendo o máximo de bem que puder? Por que eu tenho que fazer bem do jeito que eles querem?


"O que mais me surpreende no ser humano é a capacidade de ignorar a sua racionalidade, a facilidade com que nós esquecemos de tudo que nós prometemos, ensinamos e dizemos uns aos outros é uma coisa espantosa, a indiferença que a gente tem para o que a gente disse, os nossos valores, os nossos amigos e até a nós mesmos, é uma coisa assombrosa, me perguntaram quando vou me sentir realizado, sem hesitar, respondi que provavelmente nunca, já que minha realização é apenas uma coisa, entender o ser humano, e isso, acho que seja pedir demais."
(J.Bezerra)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um daimon?

Depois de uma madrugada jogando dota com amigos e vendo vídeos quaisquer na internet,
estava indo dormir, e arrisco dizer que me veio um Daimon, subitamente, eu estava pensando na moral humana, naquilo que todos querem fingir que tem, que todos tentam tanto proteger, maquiando e mentindo, criando desculpas e motivos, tudo para que a "moral" se mantenha, mesmo que isso seja apenas uma faixada, o que falta nessas pessoas é saber que essa moral não leva a nada e mais ainda, que isso é repugnante, uma das maneiras de me fazer não gostar de alguém é apenas me apresentar a alguém sem personalidade, alguém hipócrita, alguém que não tem marca, não tem auto-estima o suficiente.

Por que as pessoas prezam tanto por algo que não existe? Elas não passam toda a vida ensinando as crianças de que elas não devem mentir, devem ser pessoas boas, devem fazer isso ou aquilo? Imagino se algum dia poderei ver pessoas que fazem aquilo que ensinam, pessoas que realmente são exemplo para as crianças, mas isso está muito longe, já que hoje já não é a felicidade e o bem estar do indivíduo e do próximo que é a base para as ações, cada um cria sua base, alguns se apegam a religião, outros ao trabalho, aos prazeres, as mentiras, qualquer coisa serve de base hoje e o que mais me espanta, para não dizer, me faz perder o interesse de me relacionar com essas pessoas é que elas querem que todos sejam como eles, todos os católicos querem que os batistas virem católicos e vice-versa, todos os mulçumanos querem que os espíritas virem mulçumanos e vice-versa, uma das minhas perguntas que nunca me foi respondida é, As religiões não estavam supostas a ajudar as pessoas? A servirem de exemplo de modo de vida? Mas por que a cada dia que vivo me conveço mais ainda de que isso não passa de uma palhaçada? De um conforto, ilusório, para pessoas que sofrem?

Queria apenas entender o que faz um cristão melhor/um espírita/um mulçumano/um budista/um católico melhor que um ateu.

E por favor, não me digam que é o espírito santo.

(J.Bezerra)



"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."

Sidarta Galthama, o Buda

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Amor.

Pegando um gancho no post do meu amigo e parceiro Jarson, farei um post sobre a implicância das religiões em relação a Deus e como isso pode afetar nossas vidas.

Se todas as religiões fizerem a tentativa de tornar as pessoas melhores, pessoas que fazem aos seus próximos tudo aquilo que elas queriam que acontecesse a elas (chamada lei de ouro), elas seriam pessoas amáveis e que amam.

Algumas perguntas são necessárias para podermos elaborar um raciocínio mais amplo,
uma delas é, pra que servem as religiões?

Desde séculos atrás as pessoas buscam a razão da nossa existência, uma resposta para se sentirem mais "existentes", como todos nós fazemos (ao menos na teoria), as religiões que temos hoje podem ser consideradas um misto de religiões antigas nas quais os objetos que não nos parecem mais lógicos ou não encaixam mais com a cultura do povo são descartados podendo ou não voltarem a ser usados. Tentando se aproximarem de Deus, os povos tem usado desde sacrifícios a batismos, sempre em mente uma possível aproximação de Deus, uma vaga no céu, uma garantia, apenas uma garantia de que quando morrerem, irão viver.

Me pergunto do que vale se dizer cristão, muçulmano, budista, judeu ou membro de qualquer outra religião, acaso apenas o título de membro faria a pessoa melhor? faria a pessoa digna? que tipo de deus de amor e justiça é esse que salva aquelas pessoas que tem apenas um título e não uma vida?

O que importa mais? é todo mundo saber que você é cristão ou você ser uma pessoa amorosa? a implicância da religião na nossa vida deve ser o sentido de sermos pessoas de bem, pessoas que amam aos próximos, que tratam as pessoas como gostariam de serem tratadas, que tipo de deus é esse?!

Outra pergunta que esses últimos parágrafos me levam a fazer é, qual é a vontade de Deus?

Não me acho apto a responder essa pergunta, mas me acho ao menos no direito de tentar dizer quais não são as vontades de Deus.

Deixando claro que o deus que me refiro aqui é o Deus que eu acredito, um Deus de verdadeiro amor, a Mente Divina. Ao contrário do que as religiões dizem, não acredito que Deus nos criou para o adorar, já que a partir dai já temos um Deus que não é absoluto, o desqualificando da posição de Deus.

Se Deus nos criou, me coloco a dizer que ele quer primeiramente que nos respeitemos, façamos uso da regra de ouro, e com muita convicção que digo que ele quer que sejamos felizes.

No que agradaria a Deus ficar esperando adoração, humilhação de coisas que ele mesmo criou? Pra que Deus iria precisar da nossa humilhação? da nossa adoração? Como já venho dizendo em alguns outros posts, não vejo pessoas tentando serem pessoas de bem, vejo pessoas tentando fazer religiosos, vejo pregações que são doces para os ouvidos e vazias para o coração, vejo pessoas repetindo coisas que elas não sabem...

Eu realmente quero que algum cristão, muçulmano, judeu, espírita ou sei lá o que me diga qual a função da sua religião? Por que ela é a verdade? Por que só quem se diz dela vai ser salvo? O amor que eu mostro ao mundo não vale mais do que um nome?

Do que me adianta professar uma fé e viver uma vida sem brilho? Viver se matando para seguir algo que você nem conhece direito, viver pelo pensamento de outras pessoas, no que isso lhe faz melhor? De que vale acordar cedo todos os dias, jejuar para orar e viver uma vida infeliz esperando que Deus desça dos céus e em um estalo, faça tudo novo?

Muitos religiosos lêem bastantes livros, passam a vida estudando, estudando tempo, que ficam sem tempo de viver aquilo que tanto estudam, passam noites buscando teorias, tentando de alguma forma, desvendar a história, uma coisa que é tão incerta quanto o amanhã.

"Vivemos tão cegamente na vida que esquecemos de o quão incerto é o nosso amanhã e passamos a ignorar a idéia de um Deus que nos ama tanto que quer nos ver felizes, que preza por uma harmonia entre homens, tão cegamente que começamos a impor regras, impor maneiras de viver, criamos limites, criamos pecados, nos cegamos tanto a ponto de esquecer o que é fazer a diferença, tanto ao ponto de achar que lendo livros aprenderemos a fazer o amor, quem me dera que se a cada página lida eu me tornasse uma pessoa melhor, quem me dera que se a cada página virada eu levasse alegria a alguém ou acolhesse a um necessitado, quem me dera que os homens aprendessem a viver, quem me dera."


(J.Bezerra)

sábado, 11 de abril de 2009

Tempo que vale.

Descobri que meu tempo é precioso demais para esperar que a vida acorde do jeito que eu sonhei, precioso demais para esperar que alguém venha até mim e me faça feliz,
precioso demais para me fazer de alvo de pessoas que apenas querem cuspir lixo em cima de outras pessoas para se sentirem bem.

Descobri que meu tempo é precioso demais para me stressar com pessoas que agiram impensadamente comigo, precioso demais para deixar de fazer o bem, precioso demais para perdê-lo assistindo a programas inúteis, precioso demais para deixá-lo passar sem ao menos me divertir, precioso demais para não me envolver em paixões ardentes e em corpos quentes.

Descobri que meu tempo é precioso demais para acordar e ficar preocupado com o que irá acontecer amanhã, precioso demais para gastá-lo fazendo planos que eu esperaria que tomassem vida própria por si sós, precioso demais para desperdiçá-lo dormindo toda tarde.

Descobri que meu tempo é precioso demais pra deixar que pessoas venham e o encham com baboseiras e coisas que não me ensinem nada, precioso demais para não aprender algo a cada dia, precioso demais para jogá-lo em 4 paredes e escutar gritos e vozes trêmulas e pensando que elas são a verdade, precioso demais para me acabar com coisas que me dão alívio passageiro mas me consomem por dentro.

Descobri que meu tempo é precioso demais para ficar discutindo se minha religião é melhor que a sua, quantas pessoas eu salvei ou se a bíblia é verdadeira, precioso demais para esperar que tudo que eu faça seja retornado, precioso demais para não comemorar a cada dia vivido, precioso demais para não dar carinho as pessoas a cada instante.

Descobri que meu tempo é precioso demais a ponto de não me importar mais nada na vida além de vivê-lo da maneira que lhe é digno, precioso demais para eu deixar de escrever, deixar de amar, deixar de pular e de chorar, precioso demais pra empurrá-lo em discussões sem sentido e sem objetivo produtivo, precioso demais para deixa para amanhã o que posso fazer hoje.

Não quero olhar pra trás e ver que cometi o mesmo erro de gastar meu precioso tempo com coisas que não merecem pois eu descobri que meu tempo é precioso demais pra eu fazer aos outros as coisas que eu não gostaria que fizessem a mim, que meu tempo é precioso demais para ser criado ao acaso, precioso demais... para passar em branco.

(Joás Bezerra)

sábado, 4 de abril de 2009

As minha lágrimas secaram.

Experiência pessoais, nada melhor que elas para fazer você refletir e aprender algo sobre essa situação primordialmente chata, alguém discorda?

Bem, começo esse texto com um rápido resumo da minha experiência de vida...

Tenho 17 anos, fui criado na igreja desde pequeno, minha família é toda cristã tradicional, meu pai é considerado pastor e minha mãe é uma cristã devota, se ajoelha todo dia pra pedir coisas ao deus dela, sempre pedindo a salvação dos filhos e tudo mais, bom... adiantando mais alguns anos, me vejo no ministério de louvor da igreja tocando, aquilo realmente me divertia, eu cresci escutando que a igreja era o lugar onde as pessoas boas se reuniam, que todos ali eram pessoas sábias e que o deus que eles cultuavam era o deus DA verdade.

Acho que é ai que começa minha peregrinação(como costumamos chamar)pela verdade.
Comecei a ver o que acontecia por trás das cortinas da igreja, comecei a questionar, comecei a conhecer idéias diferentes, eu realmente fui tragado do incrível mundo mágico que eu tinha sido posto quando era pequeno. Descobri a verdadeira face das pessoas, os seus erros, as suas mentiras e o principal de tudo, a hipocrisia.

Cada ano que se passava eu conhecia mais as pessoas, me tornava mais próximo do círculo, passava a saber de tudo... Mas, a parte disso na minha casa eu sempre vi um exemplo claro de contradição de idéias defendidas e idéias tornadas em atitudes, comecei a conhecer uma mulher que não tem muita certeza na vida, sem base para se apoiar, que fica desesperada quando algo não vai de acordo como ela achava que iria acontecer, que não tem outro meio de solução a não ser apelar para uma oração, oração essa que não deveria existir já que a vontade do deus dela é perfeita e que tudo acontece é da vontade dele... Tomar posse desses conhecimentos me desanimou com a igreja, eu queria curtir minha vida, eu era um adolescente e como todo adolescente, queria me divertir, aproveitar minha juventude, mas não pude, já que pra meus pais, tudo que eu queria fazer era pecado e iria me afastar do deus deles.

Já pelo lado do meu pai, eu via ele ser praticamente idolatrado na igreja como um homem de "Deus", um exemplo de pessoa. Dizem que ele é um homem muito inteligente, e isso eu não nego, elogiavam ele por ele ter lido a bíblia 7 vezes e outras coisas que impressionam (pelo menos a algumas pessoas).
O problema em tudo isso é que quem o conhecia de verdade era eu, quem convivia com ele era eu, não eles... a mudança de caráter, a projeção que se tinha da imagem dele era uma coisa incrível.
Mas eu não via nada disso no dia-a-dia, ele se esforça demais trabalhando e não vê que a mulher é infeliz, sempre embolado na sua desordem, mudando de assunto caso se tocasse em algum de seus defeitos e arranjando desculpa totalmente esfarrapadas.

Um dia eu estava no shopping com meu melhor amigo e íamos dormir na casa dele mas meu irmão me ligou e disse pra ir pra casa e não disse o motivo, só disse pra eu ir... meio relutante, mas fui... Ao chegar encontro meu irmão e minha irmã chorando, perguntei o que foi eles disseram que foi minha mãe, ela tomou muitos comprimidos de um remédio tarja preta que ela tava tomando pra dormir(é, acho que as orações não fizeram muito efeito). No decorrer dos dias, eu descobri o que é ficar sem ombros para se apoiar, todos se viraram contra mim, eu não tinha aonde me proteger... tive que me fazer forte a força, era isso ou eu teria que sucumbir totalmente, é aí que começa a minha separação espiritual de toda essa bagunça.

Religiosos pregam coisas que não vivem, se fazem de santos e não são, fazem-se de sábios e não são, fazem-se de profestas e não são, fazem-se de merecedores de respeito e realmente não são, as atitudes são totalmente contraditórias ao o que eles falam, me pergunto se algum deles teria a coragem e a falta de vergonha na cara para admitir que não passa de um teatro onde cada um compete com o outro pra ganhar mais fiéis que serão os próximos atores.

Estou de saco cheio de religião, estou fadigado, fadigado de pessoas me prendendo em meio as suas regras, se você se acha feliz em meio a essas regras, ótimo, não me prenda nelas e também não venha se lamuriar quando ficar sem direção.

Eu podia muito bem ter escrito isso como uma história de uma família que vive em algum lugar do mundo mas não, eu escrevo o que eu passo, isso é a minha vida, escrevo e ponho minha cara a tapa para quem quiser, nunca tive medo de apanhar,
nunca fugi de uma discussão, estou certo de que não sou o único nessa situação, mas o que quero dizer com tudo isso é que sempre há uma paz além de tudo isso.


"O que deveria ajudar o mundo a crescer se tornou uma competição, cada um com sua religião tentando ganhar mais adeptos e assim, tornarem o mundo uma grande peça de teatro competitiva, onde o que se fala não se faz e o que se faz não se fala".


J.Bezerra

terça-feira, 17 de março de 2009

Liberdade.

A gente esquece sempre das palavras bonitas que dissemos, das promessas que fizemos...
tudo fica no passado, são jogados para trás pelo nosso descontrole, descontrole emocional, tentamos dar conselhos, mas não seguimos nossos próprios conselhos, prometemos coisas com um fervor, com brilho nos olhos, mas esquecemos da nossa promessa algumas horas depois, falamos palavras bonitas apenas para confortar, falamos da boca para fora, como quem joga algo no lixo e ainda tentamos justificar isso dizendo que foi pra uma causa maior, para que alguém se sentisse bem, enganamos até a nós mesmos, quem dirá o que fazemos com as outas pessoas? Somos incapazes de enfrentar nossos demônios, incapazes de sair do nosso comodismo, isso, estamos acomodados, entramos em uma vida onde ditam as regras, ditam como devemos pensar, acreditamos que tudo que foi pré-estabelecido está certos, nos tornamos seres irracionais, temos um cérebro mas não usamos, continuamos a fazer aquilo educamos as crianças a não fazer, machucamos quem nós não queríamos e não deveríamos machucar, tomamos atitudes impensadas e apesar de tudo isso, dizemos que somos racionais, que somos melhores que os outros, alguns ainda ousam dizer que são melhores apenas por que vão a uma igreja, a um terreiro ou até a um bar.

Esquecem como são falhos, como são falhos como aqueles que lhe parecem diferentes,
parecem menores...

Cansei de me julgar superior, agora sim, minha mente está liberta,
me libertei quando parei de julgar, quando deixei de tentar impor minhas idéias como a salvação da humanidade, agora apenas debato, respeito, sei falar, sei usar meu cérebro, me libertei...


LIBERTEM-SE!


"Quem nós somos ou éramos não importa, o que importa é se voltaremos a ser o que éramos, se continuaremos sendo o que somos ou se aprenderemos com a vida a cada dia."

Joás Bezerra

quinta-feira, 12 de março de 2009

Palavras, apenas.

A potência e a dor de um murro só é sentida alguns segundos depois do impacto,
esses poucos segundos são de espera, de ansiedade, de dúvidas. Isso claro, pra quem está de fora olhando.

Ninguém sabe como é a dor que cada um de nós passa, mas isso não quer dizer que eles não podem dizer nada, fazer nada. Existe uma coisa chamada percepção, as pessoas podem sentir, ou pelo menos chegar o mais próximo possível dessa dor, por incrível que pareça.

Nós queremos sempre ser os que tem as piores dores e paradoxalmente, queremos ser os seres mais felizes, queremos dar conselhos, mas nunca receber e por em prática. Queremos ser ajudados, mas nunca ajudar.

Não busco a superioridade, busco apenas a sabedoria, quero me fazer forte para poder ajudar, quero me fazer sábio para poder libertar as pessoas que sofrem, quero ser forte para suportar a dor das pessoas nas minhas costas.






"Há algumas escolhas na vida que abrangem a todos nós, temos que escolher entre viver racionalmente, centrados, lutando contra nossas angústias e nossos problemas mas sempre com a cabeça no lugar, cativando as pessoas e seus sentimentos, os ajudando a se libertarem, ou podemos viver como loucos, atirando para qualquer lugar, tentando nos esconder da verdadeira vida nos jogando atrás de várias ilusões que a princípio são muito confortantes, as que se atrevem a escolher viver racionalmente, essas são as pessoas de verdade, são as que nos lembraremos, as que serão lembradas na hora de uma dor, na hora da alegria, na hora em que tudo parecer triste, aquela pessoa que não tirava o sorriso do rosto, que por muitas vezes fora tachada de idiota, irresponsável, agora é querida por todos, querem ao menos mais uma vez poder compartilhar daquilo riso que parecia infinito".
(Joás Bezerra)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Viva.

Desde o princípio somo ensinados a acreditar, acreditar... essa é a chave,
“Acredite em mim, eu sei como é”, “Escute os mais velhos, eles sabem o que estão falando”, “Acredite nas tradições”, “Não questione a maioria” são exemplos de como as pessoas ao nosso redor podem nos impedir de nos conhecermos e tentarmos adquirir sabedoria. Nós somos forçadamente levados a nos acomodar com a situação, aceitarmos o que foi decidido a muito tempo atrás, somos forçados a acreditar que tudo que as pessoas acreditam é verdade, nossos amigos, nossos pais, nossa família, todos nos forçam a acreditar naquilo que eles escutaram de alguém, que escutou de outro alguém mas nunca a buscar o conhecimento de nós mesmos, nunca a buscar a felicidade, o amor e a humildade.
Vemos pessoas levando uma vidas sem rumo nem metas, vivem traumatizados por causa das dores que já sentiram e por isso, se fecham para as novidades que a vida tem guardadas para elas, vivem cansados e estressados por causa do seu trabalho e seus deveres, e por isso, não sentem prazer nem alegria, apenas esforço e suor, nada mais, vivem acomodados por aceitarem tudo que eles escutam e por isso, não vivem, são manipulados, vivem amedrontados por que temem que algo de mal aconteça ou que queimem no inferno por toda eternidade por que escutaram de alguém que se fizessem isso ou aquilo iriam perder a salvação, vivem desequilibradas por que não conseguem entender a razão da vida e por isso, se desesperam e não querem mais viver, perdem o encanto da maravilhosa dádiva divina, a vida. Acorrentados a religiões, ideologias, pressões sociais ou qualquer outra coisa,esquecem de pensar, esquecem de buscarem a sabedoria, a felicidade, achando que já encontraram a verdade e que tudo aquilo que acreditam é absoluto e incontestável , rejeitam todo tipo de ajuda ou conselho que vá contra algum de seus conceitos baseados em algum lugar que nem eles mesmo sabem ao certo.
“Conhece-te a ti mesmo se quiseres ser sábio”, um grande sábio disse algo assim um dia, não são palavras novas, nem tão pouco desconhecidas, estão cercados de informações e de palavras bonitas, mas pra essa beleza ser reconhecida, é preciso esforço e vontade de aprender, caso contrário, serão apenas palavras jogadas ao vento.
Crescemos escutando lições de moral dia-a-dia, cada dia uma lição nova, ou então, um reforço de alguma outrora contada, pensamos então que essas pessoas são incríveis, que cuidam do meio ambiente, da casa, do carro, do lar, da esposa, dos filhos, de tudo, começamos a almejar um dia ser como eles, pessoas responsáveis e sábias que jogam o lixo no lixo, que ajudam o necessitado e acolhem o desabrigado, mas basta o primeiro pingo de livre pensamento para percebermos que elas não são aquilo que dizem ser e muito menos aquilo que lhe fizeram acreditar ser, eles estavam apenas
tentando criar pessoas que acreditem em contos de fadas. Tentam fazer com que todos fiquem no seu frenezi, por bem ou por mal, é impossível saber, mas um erro não justifica outro erro e uma ação de caridade se invalida ao ser usada como escudo para
tentar justificar um erro, querem que todos se juntem a eles numa imensa confusão, onde não se pode ver, ouvir nem falar, sem iminência de liberdade ou sabedoria, e assim
vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.


"Sufocados por seus planos e opressões ideológicas, deixam de viver e de buscarem a felicidade e a sabedoria, vivem querendo agradar as instituições e assim, vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."

J.Bezerra

domingo, 11 de janeiro de 2009

A procura da felicidade.

Vivemos em busca da felicidade, em busca do carinho
na melhoria dos nossos relacionamentos, falamos coisas lindas,
que fazem as pessoas se sentirem bem mas também falamos
coisas fortes, que podem fazer as pessoas chorarem, mas como se mede o que vai fazer alguém chorar ou rir? não se faz, é variável de pessoa a pessoa, uma pessoa pode rir com uma piada e outra chorar, depende de suas experiênciass de vida...

Dentro de nós existe uma pluralidade de personalidades e cada uma delas nos dá um conceito, uma fala e pode acontecer que elas entrem em conflito, ou se contradigam.
elas fazem promessas, recebem promessas, e algumas pessoas, percebem que elas existem e que são bem diversas e começam a usá-las a seu favor, mas isso começa a se tornar um vício, uma necessidade, e assim começam a esquecer a sua personalidade mais forte, o seu "eu" verdadeiro...

As belas promessas feitas, todos os planos feitos são esquecidos
costumamos esquecer de tudo que prometemos, tudo que sonhamos
quando as dificuldades aparecem, nos tornamos grosseiros,
insensatos e esquecemos do nosso potencial e da nossa felicidade.

Nas horas de raiva, de stress, deixamos tudo que nós construímos de lado,
todos nossos conceitos que nós conquistamos, que nós apanhamos para poder aprender,
que lutamos, que pesquisamos, tudo que achamos mais bonito, mais racional, tudo vai pro lixo, por mero orgulho, perdemos nossa razão, perdemos nossa consciência de que estamos aqui pra viver...

Ficamos mais preocupados em observar a vida dos outros, em criticar os outros, em saber se ele está feliz, pq se estiver, vamos querer achar alguma coisa pra poder deixá-lo do jeito que estamos pq as pessoas são assim, ficam felizes sabendo que você também está triste, passando por dificuldades...

O que nos falta é determinação, sermos pessoas serenas e sensatas, que acreditam nos seus conceitos mas sabem que sempre terão novos conceitos para serem aprendidos e praticados, precisamos ser mais amorosos, com toda nossa força, deixarmos de mesquinhez e passarmos a ser mais caridosos...

"Trocamos nossos conceitos mais valiosos por conceitos mais "proveitosos", ao menos na nossa imaginação, deixamos nossa insensatez no lugar da nossa razão, a nossa procura pela felicidade deve estar acima de tudo só não pode chegar a ferir o próximo, não ligue se alguém disser que você não pode ser o que você sonha, ria na cara dele e se esforce, se esforce como se sua vida dependesse apenas disso e você conseguirá, semeie o amor e tudo ficará mais fácil, sejamos humanos, humanos como o amor nos permite ser."

J.Bezerra

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A vida e os anjos.

Eu resolvi fazer um acordo comigo mesmo, e a razão de eu estar postando aqui é porque o que eu estou prestes a dizer não cairia bem numa doce poesia, pode ser meio duro para algumas pessoas, mas a vida é isso, as vezes a gente cansa de tentar mostrar de uma forma doce e sutil, mas não adianta, nós só aprendemos na grosseria.
Eu acho que tenho um talento, não sei bem se essa é a palavra certa, pra sentir o que as pessoas estão pensando, pra sentir o que elas precisam, como elas estão, pode até parecer meio maluco, mas sei lá... é só uma suposição, que as vezes eu fico bem claro disso, meio que acredito que a vida não é tão simples como as pessoas pensam, acredito que existem pessoas realmente "iluminadas", que estão aqui para algum motivo especial, todos nós temos um motivo na terra em comum, sermos felizes e mostrar o amor de Deus, sermos criaturas realmente amorosas, esse é o maior desejo de Deus, com certeza... mas pra isso, ele manda algumas pessoas, que são diferentes, que chamam atenção, que fazem as pessoas se sentirem aliviadas, acredito que uma dessas pessoas seja eu, não sei se deveria estar dizendo isso, mas estou tentando ser bem sincero, o que muita gente não sabe é que nós temos uma capacidade enorme de suportar a dor e a culpa dos outros, e essa dor, vem toda para nós, que desesperadamente tentamos aliviar de alguma forma, as vezes até conseguimos, mas sempre resta alguma coisa, e desses restos nós nos enchemos, um dia ou outro... e nós realmente ficamos mal, já assistiu o filme que tem o negão que absorve a doença de todo mundo mas leva pra ele? então... é bem isso, mas você deve estar se perguntando, porque você faz isso? pra que você faz isso? por que você está dizendo isso? bom... eu faço porque sei que Deus me botou aqui pra fazer algo tipo isso, faço isso pra que as pessoas se sintam bem, pra refletir o amor de Deus, e estou dizendo isso pra me aliviar, pois me encontro cheio de dor.
Eu acho engraçado a perspectiva que as pessoas tem de Deus, não que eu saiba qual é a certa, não, de fato não sei, mas sei que posso tentar descobrir o que ela não é, já li em algum lugar uma vez, "é mais fácil saber o que a verdade não é do que saber o que ela é", acho que Deus só quer uma coisa de nós, amor... eu pareço meio hippie falando isso não é? também acho ;p...
você pode estar pensando, isso é muito fácil, muito pelo contrário, ser uma pessoa realmente amorosa, uma pessoa que ama ao próximo como a si mesmo, é MUITO difícil...
mas eu fiz um acordo comigo mesmo, não quero mais me preocupar com gente que não quer ser feliz, quero viver e ser feliz, mostrar o amor de Deus na minha vida, não me isolar do mundo e achar que estou mostrando o amor dEle desse jeito, isso sim, é realmente muito fácil, lembrei agora de uma coisa que aconteceu na minha vida e que não é exclusividade minha, as pessoas vivem dizendo que se amam, que querem nos ver bem e felizes, querem nos ver rindo, de acordo com as palavras deles, mas ai quando acontece algo ruim, claro, nós nos abalamos, mas não por muito tempo, arranjamos força em Deus, no amor, nos amigos, para nos fortalecer novamente, mas não é todo mundo que consegue fazer isso, e essas mesmas pessoas que disseram que queriam lhe ver agora dizem, "fica triste, porra!"... "eu não vejo em você a tristeza que queria ver", "até parece que isso não era importante pra você", elas querem que eu fique triste, pra que? egoísmo puro, elas querem na nossa tristeza encontrar alívio, querem se confortar na nossa tristeza, me pergunto apenas onde está o amor nisso tudo, onde?!

"Quero ser feliz, quero mostrar que tenho muito amor dentro de mim, que a fonte desse amor é inacabável, que as pessoas podem mudar, que todos podem ser salvos, que vale a pena viver, que a felicidade é a melhor coisa da vida, que sem o amor não somos nada. Já não tenho tempo pra discussões, descobri que meu tempo se torna mais escasso a cada dia, a partir de hoje, vou rir na cara de quem vier me chatear, não quero mais discutir embalagens, não quero mais ser uma pessoa superficial, não quero ser uma pessoa religiosa, quero apenas chegar mais perto de Deus cada vez mais, mesmo que isso vá contra tudo e todos que já passaram na minha vida."

J.Bezerra