terça-feira, 6 de julho de 2010

Grotesco Complexo.

Começo com um apelo, façam-se valer daquilo que tanto falam e pregam ao final deste texto, não permitam que a cólera e a raiva, ou até a ignorância os contamine e sejam, pelo menos agora, verdadeiros exemplos, verdadeiros iluminados.

Venho a tempo pensando em como classificar tanta hipocrisia e tanta falta de vergonha na cara, na verdade, não sei se fazem isso tudo por querer, não sei se tem consciência de como é repugnante agir assim, mas ainda assim, se faz necessário meditar e classificar tal modo de viver, depois de muito pensar e vivenciar, nada mais me vem a cabeça, se não ridículo e vergonhoso, não queria ser grosso, mas não digo isto agora por grosseria, digo porque realmente, em minha cabeça, apenas essas palavras se encaixam.

Como se pode acreditar em algo que deveria tornar todos melhores, algo que deveria dar alegria, paz, mansidão, domínio próprio, bondade, benignidade e milhares de outras coisas e ainda assim, ser uma pessoa totalmente contrária a tudo isto? Como posso acreditar ou querer acreditar em algo que é claramente contrariado por seus próprios seguidores?
Mas somos humanos, somos imperfeitos, todos passam por dificuldade, dizem em sua defesa, mas onde está aquilo que pode ser alcançado por qualquer um mas parece nunca ser alcançado justamente por esses que encontraram o alívio eterno, o conforto para todos os cansados e oprimidos? Onde está a alegria que se renova a cada manhã? Onde está a sabedoria, a compreensividade, o respeito?

Por acaso é difícil saber que a resposta "Porque eu quero" deveria ser totalmente excluída a partir do momento em que se prega a benção divina? Onde estão as pessoas que são as iluminadas pelo divino? Onde estão esses exemplos de vida? Onde estão estes que conseguem conversar e ter argumentos razoáveis? Onde estão estes que tem o divino falando por eles em momentos que realmente precisam?

Vergonhoso, sinto eu a vergonha de vocês, caros hipócritas, vivendo desesperados, ainda que se digam abençoados, de fato, existem aqueles que são calmos, mas infelizmente, não há meio termo quando se fala da verdade salvadora, ou são todos, ou não é nada. Não há possibilidade alguma de se aderir a meia bíblia, a meio alcorão ou qualquer outro livro sagrado, não há como ser meio cristão, não há como aceitar apenas metade da doutrina, o pacote é totalitário e exclusivista, meus amados oprimidos.

Não me julguem mal, não me julguem indigno ou qualquer coisa do tipo, vocês deveriam me amar, tenho para vós a liberdade, o prazer de viver e algum tipo de amor mais lógico e divino, mas se ainda assim não me aceitarem, apenas me amem, esse é o dever de todos nós no final, amarmo-nos uns aos outros não é mesmo?

Mudem-se antes de pregarem a sabedoria, mudem-se uns aos outros, tornem-se aquilo que falam antes de propagarem palavras vazias e sem verdade, façam-se a verdade para que ai sim, haja algo de verdadeiro nas suas palavras, vivam de acordo com sua doutrina, resplandeçam o amanhecer que renova as alegrias, sejam tão tolerantes e sábios, sejam responsáveis, não se deixem levar por valores vis, os valores da sociedade não podem conviver com os valores religiosos, saibam o que realmente deve ser cobrado, não sejam egoístas a ponto de quererem poder usar-se de pessoas amadas suas para seu orgulho, cobrem o que é digno e virtuoso, o que é amoroso, não o que te fará fazer bem.

Espero que não esqueçam, amo vocês, do fundo do meu coração, se estou aqui, não é para guardar tudo isto que me é dado, algo dentro de mim me faz compartilhar meus pensamentos e minhas idéias, quero que todos sintam esta sensação de liberdade sem sentir a revolta que me acompanha, sejam livres, sejam verdadeiros, sejam alegres, sejam felizes, sejam renovadores, sejam pensadores, acreditem de verdade naquilo que seguem, ajam de acordo com o que seguem, mas de preferência, sigam o que é bom, coerente, lógico, virtuoso e acima de tudo, amoroso.

"Aceitar uma doutrina não é aceitar um conselho, é uma mudança total de hábitos e atitudes, deve-se morrer com o seu velho eu e ressuscitar-se como uma outra pessoa, do contrário, nada se fará além do ridículo."

Joás Bezerra.

domingo, 13 de junho de 2010

Complexo da Religião.

Sermos melhores ou sermos os melhores, acho que todos vivemos mirando isso, ninguém mira ser o pior, não estou falando sobre riquezas ou bens materiais, digo, ser o melhor naquilo no que quer que seja sua atividade ou vida. Não há uma só pessoa que sonharia em ser apenas o pior ou o menos sucedido. Isso é de fácil entendimento, mas é um erro tentar julgar tudo tão simples, se o que queremos é sermos melhores ou os melhores, nossas ações devem refletir isso, nosso modo de viver, nossas crenças, nosso caratér, tudo, tudo em relação a nós deve refletir esse nosso alvo, e se não o fazem, devem estar em trabalho para chegar lá, com urgência.

O que nos leva a agir tão estupidamente algumas vezes? Por que é tão comum ver alguém jogando tudo que havia falado no passado sobre ser bondoso, generoso, sincero, honesto, caridoso, altruísta, companheiro, amoroso? Vale a pena viver assim? Onde foi a coragem e a vergonha na cara? O que fizeram com a consciência?

Todos nós queremos dar valor a nossa vida e a nossos ideais, mas isso não os torna coisas corretas, todos nós queremos nos sentir poderosos de alguma forma, queremos sentir que podemos amedrontar as outras pessoas, alguns fazem isso ganhando muitos músculos e provocando situações propicias para poderem mostrar quão fracos são mentalmente embora sejam fortes fisicamente, outros fracos juntam-se em grande quantidade para criar a ilusão de serem fortes, ignorando o fato de que são fracos, ainda que em grande número, e começam a quebrar tudo que veem pela frente, a agredir em todos aqueles que são de grupos contrários ao seu grupo, querem ser reverenciados, desejam mostrar poder e acham que devem ser respeitados por isso. Mesmo não tendo nenhuma expectativa de vida respeitável, acham-se poderosos e se sentem bem, se sentem valorizados, o que todos nós queremos sentir.

O que esperar de pessoas sem consciência o bastante para entederem que isso que elas fazem apenas as tornam repulsivas? Como respeitar a ideologia ou a crença de uma pessoa assim? Não estamos aqui para sermos os melhores? Os melhores também para o nosso próximo?

É impossível falar sobre isso e deixar de lado as religiões ou crenças, como você queira chamar, acho que mais do que qualquer outro, este assunto está diretamente ligado com a idéia de sermos os melhores, os exemplos, sermos as pessoas que devem iluminar o mundo, por isso, explanarei melhor minhas idéias sobre as religiões.
Este assunto me deixa um pouco fadigado e meio sem ânimo para escrever, mas pretendo escrever um artigo sobre isto e não mais voltar a escrever sobre religiões, pelo menos por um bom tempo, tenho prezado por qualidade nesses tempos de agora, então, tentem entender cada palavra dita.




O intuito de qualquer religião é tornar seu adepto uma pessoa mais iluminada, um diferencial para o mundo, não é de meu conhecimento uma religião onde sua proposta seja tornar a pessoa pior ou deixar a pessoa infeliz, torna-lá um ser desagradável ou algo assim, e estou convicto que existem muitos absurdos no mundo, mas um absurdo como esse seria ridículo demais para ser real.

Não tenho intenção de ofender nenhum religioso com este escrito mas eu não posso escolher até onde minhas palavras irão, então, peço que façam-se valer das suas crenças após lerem isto e perdoem-me por minhas duras palavras.

Conheço e convivo com vários religiosos, a maioria cristã, fui criado em meio ao ambiente cristão e me sinto bem a vontade para falar sobre o cristianismo, mas também sobre as outras religiões messiânicas e ainda sobre as que não tenham um messias. Já ouvi muitas respostas e muitas desculpas sobre vários e vários assuntos, se hoje cheguei a esse pensamento, foi por muito debater e refletir, deixando claro que não tenho nem tive em nenhum momento a certeza sobre o que é a verdade, então não tentem começar sua réplica de forma irônica me chamando de dono da verdade.

Uma vez esclarecido o intuito de uma religião, vamos agora focar o funcionamento das religiões. Os pastores, bispos, padres, rabinos ou qualquer que seja o nome que se dê ao “abençoado”/”ungido” do senhor de uma determinada religião, estão supostos a serem quem irá guiar os demais adeptos ao caminho melhor, ao alvo, ao lugar da salvação, ao lado do seu deus, respeitando seus sermões e acreditando que aquilo é a palavra do determinado deus, palavras de sabedoria que os levarão a serem pessoas dignas de salvação, é claro que em toda instituição, sempre terão alguns que discordarão dessas palavras e tentarão mudar seu líder por outro líder “ungido” pelo senhor. Mas uma breve análise sobre as institituições, assim chamadas igrejas, ou templos ou qualquer coisa do tipo, nos mostra como são meramente humanos e errantes esses supostos provedores de sapiência e direção salvadora, algo que é tremendamente incoerente quando se fala sobre salvação da alma e condução para uma vida pura e digna de salvação, acaso alguém busca conselhos com o infame? com o salteador? Quem vai até o imundo pedir dicas de salvação? Como saber quem são os verdadeiros “ungidos”? São tantas as interpretações, as denominações, as normas, mas todas com o mesmo deus, isso é impossível, ou não?

Pessoas carentes, tristes, sem esperança são tragadas ou então se lançam para dentro das religiões por causa das palavras de conforto e felicidade que são prometidas por todos os religiosos, até porque não há razão em seguir uma religião se isto não levar você para uma posição melhor e te deixar aliviado, não é? Todos nós gostamos de ouvir palavras de conforto quando estamos tristes, carentes, necessitados. Mas nossos momentos de fraqueza deixam nossas defesas e nossa racionalidade afetada, tornando mais fácil aceitarmos as idéias que nos compartilham, então aderimos idéias que na realidade, não são coerentes, nem existem, de fato, são apenas criações de mentes humanas para dar conforto aos oprimidos e cansados, nos sentimos revigorados, então começamos a construir nossa corrente, começamos a achar mais pessoas carentes, em uma condição mental favorável ao controle, favorável ao manuseio, usamos as palavras de forma que toda a inverdade e as obrigações que essas pessoas terão quando entrarem na nossa religião se escondam por um tempo, não tenho mais a conta de quantas vezes testemunhei pessoas pregando sua religião, ignorando as perguntas que não sabiam responder, camuflando aspectos que são contraditórios, fingindo que as coisas realmente vão ser do jeito que eles estão falando. Se você for religioso e estiver lendo isso, provavelmente estará com ar de desprezo ou curioso se de fato o que escrevo coincide com a verdade, pois bem, não posso confronta-los todos individualmente, mas aprendam um pouco de bom-senso, julguem-se sem os dogmas que foram grosseiramente colocados em você, vivam apenas do amor que somos supostos a ter e dar, meus queridos.

Uma vez dentro do círculo religioso, obrigações são impostas, mas claro que elas não são faladas no momento de pregação, quantas vezes cansei de ouvir alguém falando “não estou chamando você para ir pra igreja, estou apenas te pregando o amor de Jesus”, “Você não precisa ir para a igreja, apenas precisa aceitar Jesus como o salvador da sua vida, creia nele...”, entre várias outras frases realmente tentadoras quando se está em desespero, quando se está amedrontado, não é do meu conhecimento alguma religião que pregue a soberba, que pregue o julgamento superior, mas por que então todos os religiosos que conheço acham que todos aqueles que não seguem o seu estilo de vide medíocre irão sofrer no inferno ou qualquer tipo de castigo eterno? Por que teimam em mandar a “misericórdia de deus”, a “piedade de deus” para aqueles que não compartilham da mesma crença? Por que eles acham que tem o direito e ainda mais, a moral para criticar as pessoas que não possuem a mesma crença?

Agora peço que deixem de lado todo o bloqueio mental que possuam, qualquer um, que pensem e reflitam, com sinceridade e amor, o que as religiões tem que elas fazem as pessoas melhorarem? Qual é o fator de melhora das religiões? Para que de fato elas servem? Penso que todos sabemos o que fazer para sermos pessoas melhores, pessoas de boa convivência, pessoas de boa índole, pessoas respeitosas, ou não? Ou algum de vocês realmente precisa de alguém “ungido” pelo senhor para dizer que se você mentir para sua esposa o relacionamento de vocês será amargado? Alguém para dizer que matar os outros humanos é um gesto errado? O que de bom as regras e obrigações impostas por religiões trazem aos seus adeptos? Medo? Covardia? Submissão? Onde está a melhoria? Onde está o sal da terra? Onde está a luz do mundo?

Acordem, humanos, acordem, filhos de deus, acordem.

(Joás da Silva Bezerra)

"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."

Sidarta Galthama, o Buda

sábado, 26 de dezembro de 2009

Migalhas Complexistas.

A idéia de que somos todos diferentes pode levar a grandes ilusões, nossos julgamentos(o que fazemos quase todo o tempo) podem nos levar a grandes ilusões, estamos a todo momento suscetíveis a sermos iludidos, mesmo naquele “oi” sem compromisso dado no meio da rua, vemos nossas projeções, nossos preconceitos, poucos são os que conseguem ver a realidade. Muitos existem, pouquíssimos vivem.

São tantas as complicações inventadas mas ínfimas as complicações verdadeiras, julgando-se tão complicados e diferentes, quando na verdade, não passam de sonhos. Criam complicações para se sentirem vivos, bodes expiatórios , complicações tolas, meras crianças brincando de fingir, quão complicado deve ser pensar? Quão complicado será ter idéias dominadas por ignorância? Não sei como agüentam, coitados seres sofredores, com mentes tão... simplesmente complicadas. Afogados na complicação da idéia de serem tão complicados que não podem ser entendidos por ninguém, protegendo a melhor desculpa de todas, aquela em que se vale de ilusões, nojenta auto-preservação, fazendo crianças pensarem ser complicadas, “não, não adianta, eu sou muito complicado(a), você nunca irá me entender”.

Tão sugados por essa ilusão, são capazes até de dizer que ninguém é capaz de mudar suas idéias, tão cheios de si, a razão já não os serve, acomodaram-se no reino da ilusória complicação, queria entender o que há de complicado em apenas existir, complicado mesmo deve ser viver, ou talvez não mudar de opinião nunca seja complicado? Não me parece muito lógico, mas, quem sou eu, senão apenas mais um daqueles simples demais para tanta complicação?

Pensem e ajam, pensar e agir e não agir é tão inválido como agir sem pensar, complicação está longe disso, não julguem-se complicados, não deixem os seus fardos mais pesados do que eles já são, complicação não é nada disso, não é se achar complicado, não é achar que ninguém irá te entender, isso se chama infantilidade.

Não projetem seus preconceitos estúpidos nas pessoas, não condenem para não serem condenados, não arrisquem na idéia de serem iguais aos que vivem, já basta de tolos enganos, já basta de tanta soberba e ignorância, parem de se iludir, não há complicação na nossa mente, nós a temos para desfazer as complicações da vida, isto que ousam chamar de complicação, nada mais é do que uma brincadeira.

Tudo será complicação, enquanto não se der ouvidos a razão.

Por Joás Bezerra.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Palavras, nada mais que palavras.

Tem algumas coisa que eu nunca entendi e acho que nunca vou entender, ou então eu já entendi, mas só que do meu jeito...

Essa coisa de amizade, as pessoas querem mesmo ter amigos?
Elas querem mesmo é ter alguém que esteja lá pra corrigir e apoiar ou só pra apoiar?
Elas querem um monte de gente ao redor pra rir das piadas, das brincadeiras e dos trocadilhos e só? Alguém pra dizer "vai lá, isso mesmo", "pega esse, pega aquela", "bebe isso, bebe aquilo"?
O que é ser amigo? É ter que dizer tudo? É ter que dizer que vai deixar de estudar em tal lugar? Se eu estudar 3 anos com uma pessoa e deixar de estudar com ela, eu não serei mais amigo? O que vale mais? A convivência ou a ligação existente?

Alguém pode me explicar essa coisa de prioridades?
Vale mesmo a pena fazer algo que não te dar prazer, se desgastar todo dia, pensando que isso poderá dar dinheiro, ah, outra coisa... o dinheiro é tão importante assim?
Eu tenho mesmo que saber da vida de todo mundo? Tenho que me preocupar com o que pensam de mim? Tenho que tentar agradar a todos? Tenho que chorar toda vez que disserem que eu sou assim ou assado? Tenho que rir? Tenho que seguir a vida de tal modo? Ou é melhor do outro? Posso falar palavrão? Não? Por que?

Parecido com as prioridades, eu não consigo entender as finalidades...

O que é que as pessoas querem quando criticam as outras apenas por criticar?
Qual a finalidade de fofocar? De querer que todo mundo seja como você? De viver amargurado? De viver, de viver sem rir? Por que as pessoas tem a necessidade de tentarem ser superiores as outras? Será mesmo que vale a pena tentar discutir com alguém racionalmente? Por que as pessoas que dizem prezar tanto pela razão, esquecem dela quando tem que negar seus conceitos? Será mesmo que é a razão que prevalece?
O que é que se quer? Por que as pessoas não fazem o que tem vontade de fazer? Por que elas não deixam todos esses paradigmas criados apenas para sufocar pra trás e se jogam em seus sonhos?

Quem é que segura tanto essas pessoas?

Um dia me perguntaram o que eu queria fazer da minha vida, por que eu desisti disso e daquilo, como eu queria estar daqui a 5 anos, o que eu ia fazer da minha vida e como sempre, eu que tento aprender alguma coisa até com o cair de uma pétala, comecei a pensar em algo bom pra tirar daquilo, sabe o que eu percebi? Não vale a pena me matar de tentar agradar a eles, as pessoas fazem projeções sobre as outras, querendo que a projeção se torne real, sempre querendo moldar as outras pessoas, como se fosse simples assim... por que eu não posso simplesmente ser feliz agradando as pessoas que eu quero agradar? Fazendo o máximo de bem que puder? Por que eu tenho que fazer bem do jeito que eles querem?


"O que mais me surpreende no ser humano é a capacidade de ignorar a sua racionalidade, a facilidade com que nós esquecemos de tudo que nós prometemos, ensinamos e dizemos uns aos outros é uma coisa espantosa, a indiferença que a gente tem para o que a gente disse, os nossos valores, os nossos amigos e até a nós mesmos, é uma coisa assombrosa, me perguntaram quando vou me sentir realizado, sem hesitar, respondi que provavelmente nunca, já que minha realização é apenas uma coisa, entender o ser humano, e isso, acho que seja pedir demais."
(J.Bezerra)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um daimon?

Depois de uma madrugada jogando dota com amigos e vendo vídeos quaisquer na internet,
estava indo dormir, e arrisco dizer que me veio um Daimon, subitamente, eu estava pensando na moral humana, naquilo que todos querem fingir que tem, que todos tentam tanto proteger, maquiando e mentindo, criando desculpas e motivos, tudo para que a "moral" se mantenha, mesmo que isso seja apenas uma faixada, o que falta nessas pessoas é saber que essa moral não leva a nada e mais ainda, que isso é repugnante, uma das maneiras de me fazer não gostar de alguém é apenas me apresentar a alguém sem personalidade, alguém hipócrita, alguém que não tem marca, não tem auto-estima o suficiente.

Por que as pessoas prezam tanto por algo que não existe? Elas não passam toda a vida ensinando as crianças de que elas não devem mentir, devem ser pessoas boas, devem fazer isso ou aquilo? Imagino se algum dia poderei ver pessoas que fazem aquilo que ensinam, pessoas que realmente são exemplo para as crianças, mas isso está muito longe, já que hoje já não é a felicidade e o bem estar do indivíduo e do próximo que é a base para as ações, cada um cria sua base, alguns se apegam a religião, outros ao trabalho, aos prazeres, as mentiras, qualquer coisa serve de base hoje e o que mais me espanta, para não dizer, me faz perder o interesse de me relacionar com essas pessoas é que elas querem que todos sejam como eles, todos os católicos querem que os batistas virem católicos e vice-versa, todos os mulçumanos querem que os espíritas virem mulçumanos e vice-versa, uma das minhas perguntas que nunca me foi respondida é, As religiões não estavam supostas a ajudar as pessoas? A servirem de exemplo de modo de vida? Mas por que a cada dia que vivo me conveço mais ainda de que isso não passa de uma palhaçada? De um conforto, ilusório, para pessoas que sofrem?

Queria apenas entender o que faz um cristão melhor/um espírita/um mulçumano/um budista/um católico melhor que um ateu.

E por favor, não me digam que é o espírito santo.

(J.Bezerra)



"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."

Sidarta Galthama, o Buda

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Amor.

Pegando um gancho no post do meu amigo e parceiro Jarson, farei um post sobre a implicância das religiões em relação a Deus e como isso pode afetar nossas vidas.

Se todas as religiões fizerem a tentativa de tornar as pessoas melhores, pessoas que fazem aos seus próximos tudo aquilo que elas queriam que acontecesse a elas (chamada lei de ouro), elas seriam pessoas amáveis e que amam.

Algumas perguntas são necessárias para podermos elaborar um raciocínio mais amplo,
uma delas é, pra que servem as religiões?

Desde séculos atrás as pessoas buscam a razão da nossa existência, uma resposta para se sentirem mais "existentes", como todos nós fazemos (ao menos na teoria), as religiões que temos hoje podem ser consideradas um misto de religiões antigas nas quais os objetos que não nos parecem mais lógicos ou não encaixam mais com a cultura do povo são descartados podendo ou não voltarem a ser usados. Tentando se aproximarem de Deus, os povos tem usado desde sacrifícios a batismos, sempre em mente uma possível aproximação de Deus, uma vaga no céu, uma garantia, apenas uma garantia de que quando morrerem, irão viver.

Me pergunto do que vale se dizer cristão, muçulmano, budista, judeu ou membro de qualquer outra religião, acaso apenas o título de membro faria a pessoa melhor? faria a pessoa digna? que tipo de deus de amor e justiça é esse que salva aquelas pessoas que tem apenas um título e não uma vida?

O que importa mais? é todo mundo saber que você é cristão ou você ser uma pessoa amorosa? a implicância da religião na nossa vida deve ser o sentido de sermos pessoas de bem, pessoas que amam aos próximos, que tratam as pessoas como gostariam de serem tratadas, que tipo de deus é esse?!

Outra pergunta que esses últimos parágrafos me levam a fazer é, qual é a vontade de Deus?

Não me acho apto a responder essa pergunta, mas me acho ao menos no direito de tentar dizer quais não são as vontades de Deus.

Deixando claro que o deus que me refiro aqui é o Deus que eu acredito, um Deus de verdadeiro amor, a Mente Divina. Ao contrário do que as religiões dizem, não acredito que Deus nos criou para o adorar, já que a partir dai já temos um Deus que não é absoluto, o desqualificando da posição de Deus.

Se Deus nos criou, me coloco a dizer que ele quer primeiramente que nos respeitemos, façamos uso da regra de ouro, e com muita convicção que digo que ele quer que sejamos felizes.

No que agradaria a Deus ficar esperando adoração, humilhação de coisas que ele mesmo criou? Pra que Deus iria precisar da nossa humilhação? da nossa adoração? Como já venho dizendo em alguns outros posts, não vejo pessoas tentando serem pessoas de bem, vejo pessoas tentando fazer religiosos, vejo pregações que são doces para os ouvidos e vazias para o coração, vejo pessoas repetindo coisas que elas não sabem...

Eu realmente quero que algum cristão, muçulmano, judeu, espírita ou sei lá o que me diga qual a função da sua religião? Por que ela é a verdade? Por que só quem se diz dela vai ser salvo? O amor que eu mostro ao mundo não vale mais do que um nome?

Do que me adianta professar uma fé e viver uma vida sem brilho? Viver se matando para seguir algo que você nem conhece direito, viver pelo pensamento de outras pessoas, no que isso lhe faz melhor? De que vale acordar cedo todos os dias, jejuar para orar e viver uma vida infeliz esperando que Deus desça dos céus e em um estalo, faça tudo novo?

Muitos religiosos lêem bastantes livros, passam a vida estudando, estudando tempo, que ficam sem tempo de viver aquilo que tanto estudam, passam noites buscando teorias, tentando de alguma forma, desvendar a história, uma coisa que é tão incerta quanto o amanhã.

"Vivemos tão cegamente na vida que esquecemos de o quão incerto é o nosso amanhã e passamos a ignorar a idéia de um Deus que nos ama tanto que quer nos ver felizes, que preza por uma harmonia entre homens, tão cegamente que começamos a impor regras, impor maneiras de viver, criamos limites, criamos pecados, nos cegamos tanto a ponto de esquecer o que é fazer a diferença, tanto ao ponto de achar que lendo livros aprenderemos a fazer o amor, quem me dera que se a cada página lida eu me tornasse uma pessoa melhor, quem me dera que se a cada página virada eu levasse alegria a alguém ou acolhesse a um necessitado, quem me dera que os homens aprendessem a viver, quem me dera."


(J.Bezerra)

sábado, 11 de abril de 2009

Tempo que vale.

Descobri que meu tempo é precioso demais para esperar que a vida acorde do jeito que eu sonhei, precioso demais para esperar que alguém venha até mim e me faça feliz,
precioso demais para me fazer de alvo de pessoas que apenas querem cuspir lixo em cima de outras pessoas para se sentirem bem.

Descobri que meu tempo é precioso demais para me stressar com pessoas que agiram impensadamente comigo, precioso demais para deixar de fazer o bem, precioso demais para perdê-lo assistindo a programas inúteis, precioso demais para deixá-lo passar sem ao menos me divertir, precioso demais para não me envolver em paixões ardentes e em corpos quentes.

Descobri que meu tempo é precioso demais para acordar e ficar preocupado com o que irá acontecer amanhã, precioso demais para gastá-lo fazendo planos que eu esperaria que tomassem vida própria por si sós, precioso demais para desperdiçá-lo dormindo toda tarde.

Descobri que meu tempo é precioso demais pra deixar que pessoas venham e o encham com baboseiras e coisas que não me ensinem nada, precioso demais para não aprender algo a cada dia, precioso demais para jogá-lo em 4 paredes e escutar gritos e vozes trêmulas e pensando que elas são a verdade, precioso demais para me acabar com coisas que me dão alívio passageiro mas me consomem por dentro.

Descobri que meu tempo é precioso demais para ficar discutindo se minha religião é melhor que a sua, quantas pessoas eu salvei ou se a bíblia é verdadeira, precioso demais para esperar que tudo que eu faça seja retornado, precioso demais para não comemorar a cada dia vivido, precioso demais para não dar carinho as pessoas a cada instante.

Descobri que meu tempo é precioso demais a ponto de não me importar mais nada na vida além de vivê-lo da maneira que lhe é digno, precioso demais para eu deixar de escrever, deixar de amar, deixar de pular e de chorar, precioso demais pra empurrá-lo em discussões sem sentido e sem objetivo produtivo, precioso demais para deixa para amanhã o que posso fazer hoje.

Não quero olhar pra trás e ver que cometi o mesmo erro de gastar meu precioso tempo com coisas que não merecem pois eu descobri que meu tempo é precioso demais pra eu fazer aos outros as coisas que eu não gostaria que fizessem a mim, que meu tempo é precioso demais para ser criado ao acaso, precioso demais... para passar em branco.

(Joás Bezerra)